terça-feira, 17 de janeiro de 2012

inFAMOUS e inFAMOUS 2

Plataforma: Exclusivo para PS3


Nessa análise, falarei de ambos os jogos. Farei comparações, como o que melhorou ou piorou do primeiro para o segundo, criticas e etc. É uma análise normal, porém de uma franquia e no final darei uma nota para o conjunto da obra.

Cole MacGreth é um entregador, que e um dia comum resolve mexer em uma das encomendas, causando uma explosão misteriosa. Mesmo ele estando no centro, sobreviveu, mesmo tendo matado pessoas a quilômetros de distância. Por conseqüência, seu corpo acaba sofrendo algumas reações elétricas, fazendo com que Cole possua alguns poderes.

Infamous é uma franquia famosa exclusiva para Playstation 3, que é muito comparada com Prototype, por ter uma premissa meio parecida. Nessa analise falarei sobre o primeiro e o segundo jogo da série, o que melhorou e piorou e por fim darei o meu veredito, se valeu a pena ou não jogar.

Após a explosão, o governo resolve interditar a Empire City, colocando a cidade em quarentena, evitando que qualquer ameaça biológica se espalhe pelo país. O problema é que virou uma cidade sem lei, fora da jurisdição do governo, onde os bandidos tomaram conta.
Infamous é praticamente um jogo de tiro em terceira pessoa, só que no lugar de atirar, seu personagem solta raios pelas mãos, além de muitas outras habilidades. A ação funciona muito bem, variando de momentos frenéticos com muitas explosões de carros, perseguições stealth, combate corpo a corpo, mesclado com muito Le parkour exagerado, que funciona muito bem no jogo. Podemos até comparar com Assassins Creed, onde o personagem se agarra em qualquer coisa em que você pular, porém é muito mais dinâmico.

Outra característica é que somos livres na cidade, podendo fazer a main quest ou as sides. As side quests podem ser neutras, do bem ou más. Com elas você ganha experiência para comprar skills e domina territórios. É uma boa maneira de passar o tempo, porém após fazer um bocado delas, começam a ficar repetitivas, como por exemplo, a de escoltar os prisioneiros até a cela.
A grande sacada do jogo é como você usará seus super poderes, para o bem ou para o mal, no meio de uma cidade devastada e vulnerável. O jogo lhe coloca em diversas situações de escolha, como por exemplo, recuperar uma caixa, cheia de comida, e entregar para o povo ou pegar ela e estocar para si e seus amigos.

Esse sistema de carma impede que você saia explodindo tudo sem consequencias. Muitos grupos de inimigos aparecem no meio da multidão e você deve tomar cuidado para não acertar inocentes, se não seu carma será maligno. Caso você queira jogar do lado negro da força, é muito mais fácil se livrar dessas situações, pois é só sair explodindo tudo que resolve. Mas caso você acerte alguma pessoa sem querer, você pode ir até ela e curá-la, recuperando o carma bom.

No primeiro jogo isso é bastante presente, eu tomava muito cuidado. Já no segundo, parece que ficou bem mais fácil. Eu explodia tudo e matava inocentes sem querer e meu carma não baixava tanto. Da até para levitar o carro de um inocente, com ele dentro e jogar no inimigo que seu carma não altera em nada. No primeiro jogo também foram muito mais memoráveis os momentos de escolha durante o enredo, porém no segundo as escolhas ao final são muito mais fortes. Essas escolhas interferem na relação do seu personagem com a população. Se o carma é bom, as pessoas te ajudam um pouco atrapalhando os bandidos (muito mais no primeiro do que no segundo), e se seu carma é ruim elas ficam jogando pedras em você atrapalhando (inclusive da para morrer com essas pedradas).

Eu acho que deveria interferir muito mais do que isso. A história deveria tender muito mais para o lado que você escolhe, mudando aliados, por exemplo. Somente em momentos chave do jogo isso acontece, e é baseado em escolhe e não no seu carma. Você pode tomar uma decisão maléfica no final de ambos os jogos, mesmo se seu carma tiver sido bom no jogo inteiro.
Os poderes de Cole também dependem do carma. Com carma maligno, seus poderes tende a explodir coisas, já com o carma bom a tendência é somente prender os inimigos.

Aliás, esses poderes foram algo que me irritou muito no segundo jogo, diminuindo muito a capacidade de se tornar uma aventura completa. Você possui muitas skills, separadas por tipo, e conforme elas vão evoluindo, você pode trocar conforme sua necessidade, porém o menu não é nada pratico e acaba atrapalhando a dinâmica de jogo. Vários momentos pensei em alguma estratégia legal para acabar com a onda de inimigos, mas é tão lento e ineficiente a troca de uma skill para outra da mesma classe que acaba irritando, fazendo com que eu acabe usando somente aquela sill que já está previamente selecionada. Além disso, você aprende muitas inúteis, que só servem para atrapalhar na hora de selecionar aquela que você deseja.

No primeiro Infamous era muito mais legal e épico aprender as novas skills. Era tipo umas dugeons, subterrâneas, que você tinha que liberar a eletricidade na cidade e quando conseguia isso já ganhava um novo poder. Sempre era uma expectativa nova quando essas dungeons começavam.

Do primeiro paga o segundo jogo, tivemos um salto muito grande em relação as animações e gráficos. No original, as cut scenes eram muito mais artificiais, sem ângulos de câmeras bons e sem atuação dos personagens, ficando o destaque apenas para as cenas estilo história em quadrinhos. Já na continuação, está tudo muito mais vivo. Expressões faciais, dublagens e ângulos de câmera ajudam a contar a história, muito bem, mesclando coma uma trilha sonora magnífica.

Uma coisa que poderia ter melhorado no segundo (que eu já achava ultrapassado no primeiro) é a física do jogo. Os personagens, ao morrerem e voarem em uma explosão, por exemplo, não reagem muito bem ao ambiente. Não chega a ser algo artificial, já que ao morrer em uma escada ele fica inclinado, porém poderia ter aquele efeito de “rag doll”, para conferir um maior senso de destruição e realidade. O Maximo que acontece é eles quicarem na parede e caírem no chão, ficando estáticos lá onde morreram, sempre na mesma posição.

Infamous é uma saga muito boa e divertida, porém não sabe aproveitar completamente o seu potencial na sua principal premissa: o carma. Caso venha a ter um terceiro jogo, essa é a única coisa que deveriam mudar para o jogo ficar perfeito e único.

O que diferencia Infamous de Prototype, é que ele é muito mais pessoal. Me envolvi muito mais no enredo do Infamous, queria seguir em frente para ver o que vai acontecer, ao contrario de Prototype, que eu só via como um jogo “arcade” de destruição em massa, que nem é tão inovador quanto as pessoas dizem, já que Hulk Ultimate Destruction veio antes e é quase idêntico. Seria a mesma coisa que comparar GTA com Saints Row. GTA é mais sério, valoriza muito mais os momentos, tornando épicos, assim como Infamous faz, já no Saints Row e Prototype, é tudo muito banal, pois é fácil conseguir um tanque de guerra na primeira esquina. Aí cabe a você escolher, dependendo do seu estilo favorito.


Apesar das criticas, eu recomendo a saga e posso dizer que valeu a pena zerar ambos os jogos.

Nota: 8,5

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