domingo, 20 de novembro de 2011

Mafia II


Ano de lançamento: 2010
Gênero: Ação em terceira pessoa
Plataforma: PS3 (Também no 360 e PC)
Estúdio: 2K Czech
Distribuído: 2K Games

Vito é um ex-militar que retorna para a vida civil. Não contente com os seus padrões de vida e o de sua família, resolve entrar no mundo do crime.


O grande ponto forte do Mafia 2, assim como no seu antecessor, é a história. Emocionalmente carregado e com diversas reviravoltas inesperadas, o enredo me prendeu até o final. Muitas vezes continuei jogando só para ver o que iria acontecer.

As dublagens muito bem feitas ajudaram na caracterização dos personagens. Em cada dialogo eles tinham algo a dizer, nada que desse vontade de pular a cut scene. Joe, o parceiro e amigo de Vito, é um dos melhores coadjuvantes que já vi nos vídeo-games.
A trilha sonora é outro ponto forte do jogo. Escolheram muito bem musicas da época, tanto para ambientar um pacato passeio pela cidade quanto uma grande perseguição pela cidade. Está presente até uma musica instrumental do Mafia original, que na minha opinião, é o grande tema do Mafia. Nada como fugir da policia escutando aquela musiquinha.
Confira:

Os graficos são bons, nada de espetacular, mas cumprem o seu papel, ainda mais em um jogo open world. O grande destaque, assim como no primeiro Mafia, são as faces. Nem se comparam com L.A. Noire, mas passam um bom realismo para a trama. A cidade até que é bem detalhada, e o que ficou legal foi o fato de que quando está nevando, os carros ficam cheios de neve em cima.

Achei a jogabilidade bem parecida com o primeiro Máfia. Não é difícil dirigir os carros, você consegue ir de um ponto a outro da cidade sem bater e eles estão mais velozes dessa vez. Quando o veículo chega a 100 km/h passa uma adrenalina legal, ainda mais em uma perseguição durante missões, pois se você bater o personagem perde vida, podendo assim prejudicar no andamento. Só achei estranho que retiraram o recurso de atirar enquanto dirige. Era muito útil no jogo anterior.


Os tiroteios continuaram muito bons. Você sente o impacto de cada tiro e o cenário reage, tornando as cenas de ação mais vivas. É satisfatório sentar o dedo no gatilho de uma Tommy gun para acertar o inimigo que está atrás do bar e ver tudo se quebrando. O jogo utiliza de um cover system, normal atualmente. Você aperta o botão e o personagem se esconde atrás da parede, murou e afins, então é só apertar o botão de mira que ele sai da cobertura. Não existe mira automática, somente manual. A única assistência é que a cruz fica vermelha quando tem algum inimigo está no alvo. Aliás, essa cruzinha da mira é a única coisa que atrapalha, pois ela é muito grande e quando os inimigos estão longe fica difícil enxergar onde você está mirando. Adicionaram também combates corpo a corpo, que não chega a ser algo extraordinário, mas cumpre o seu papel.

Mafia 2 exige que você respeite as leis de transito para que a policia não incomode, mas não é tão rígido quanto seu antecessor. Por exemplo, eles te perseguirão se forem ultrapassados por você acima do limite de velocidade, porém nem darão bola se estiverem na faixa contraria. Porém isso é simples, eles só irão te parar e multar, o que consome algum tempo, precioso caso for alguma missão.
As piores partes do jogo são aquelas que temos que dirigir de um ponto a outro da cidade, sem ação alguma, somente para chegar ao destino. É extremamente entediante, já que não se tem muito o que fazer na cidade.

Aliás, nem da para se considerar o jogo como open world. A cidade é grande, você pode escolher a rota que quiser para chegar ao destino, mas não tem nada para fazer nela. Temos algumas lojas, restaurantes, pôsteres para encontrar, mas nada que seja recompensador. Apesar de até possuir uma boa variedade de veículos, a customização deles é fraca, ainda mais com a variedade que haviam prometido. Você ganha dinheiro, mas é praticamente sem utilidade, nunca gastei nem metade do que eu tinha. Existe pouca variedade de roupas para comprar e na maioria dos casos muda apenas a cor de uma para outra. Eu sinceramente não gastei muito tempo nisso, fiquei só nas missões lineares.


Daria nota 9,5 pela história e jogabilidade, porém, os padrões atuais exigem um pouco mais do que isso. O jogo é encontrado por um preço bem em conta no Big Boy Games, então vale a pena.

NOTA: 8,5

Prós: História e Jogabilidade
Contra: Falta do que fazer e cidade sub-utilizada

2 comentários:

Juaum disse...

Olha esse Purple fazendo análises! No início, achei que fosse um ótimo jogo, mas você colocou tanto defeito no final, que nem sei se vale tanto a pena. Se bem que deve ficar na média dos jogos de hoje, com muito realismo e pouca diversão...

Rocha. disse...

Vale a pena sim, quem não espera muita variação e uma boa história. Ela não é das melhores, mas da para acompanhar. Tem umas traminhas que parecem que vão engatar, virar algo grande, mas acabam do nada, isso frustra um pouco. Quando você menos espera, da uma reviravolta em um ponto nada a ver com o que está sendo focado e muda tudo.