• Autor: Dan Brown
• Editora: Sextante
• Gênero: Ficção/suspense/policial
• Ano: 2009
• Número de páginas: 489
• Onde adquirir: Nas melhores livrarias
“Verbum significatium... verbum omnificum... o segredo é saber como morrer”
Robert Langdon está de volta! Após um tempo afastado de suas missões cheias de símbolos e anagramas a decifrar (a última vez foi em Código Da Vinci), o renomado professor de simbologia de Harvard retoma sua veia policial. E, desta vez, o problema não é no Vaticano, nem em Paris, mas em seu próprio país, os Estados Unidos!
Langdon é um professor de Harvard, que leva uma vida muito peculiar. Ele adora acordar às 4 da manhã para ir nadar na Universidade, retorna para casa às 5 e, às 6, está de volta à Universidade, para ministrar suas aulas. Por ser uma autoridade mundial no decifrar de símbolos, sociedades secretas e afins, Langdon sempre dá palestras para turmas lotadas.
Ele retorna à sua casa numa manhã, quando vê que há um recado na secretária eletrônica. Curioso por saber quem lhe ligou tão cedo, Langdon escuta o recado. É o assistente executivo de Peter Solomon, bilionário americano, grande amigo e mentor de Langdon. O assistente lhe pede que retorne a ligação o mais rápido possível. Langdon resolve ir a seu escritório antes de ligar e lá há um fax com a mesma mensagem. Curioso, Langdon liga para Solomon. O assistente informa a Langdon de que ele não poderá falar com Solomon, já que este se encontra em uma reunião, mas o recado do chefe é transferido. Ele quer que Langdon faça um discurso no Salão Nacional das Estátuas do Capitólio, sobre a história maçônica do Capitólio. O evento é o jantar anual do conselho do Instituto Smithsonian, presidido por Peter Solomon que, curiosamente, também é um dos maçons mais graduados dos Estados Unidos.
Robert Langdon revê seu discurso enquanto o jato fretado por Solomon o leva até Washington. Chegando lá, Langdon se atrasa e começa a correr em direção ao Salão onde ocorrerá o evento. Mas, ao chegar ao local, ninguém está presente. Curioso, Langdon procura entre os guias do Capitólio se eles sabem em que local e hora ocorrerá o evento do Instituto Smithsonian, mas todos são taxativos ao dizer que não há evento nenhum agendado para aquela noite. Ele liga para o assistente de Peter Solomon e descobre que caiu em uma armadilha. O sujeito não era assistente nenhum e atraiu Langdon para o Capitólio para que ele, com seu conhecimento de simbologia, revelasse um segredo há muito escondido. Sem entender nada, Langdon tenta argumentar com o bandido, mas este simplesmente diz que um antigo portal será destrancado e Robert Langdon é o homem certo para isso. O bandido desliga dizendo que não é necessário Langdon ligar para a polícia, pois eles logo estariam lá. Neste exato momento, um garoto começa a berrar na Rotunda do Capitólio. Ao chegar lá, Langdon descobre uma mão humana, no centro do salão, com o polegar, o indicador e o dedo médio apontando para cima, cada qual com uma tatuagem diferente. Langdon fica espantado ao ver que a mão pertence a seu amigo, Peter Solomon. Neste momento, a CIA chega ao local, através da temida diretora Inoue Sato, uma japonesa baixinha, mal humorada e fumante. Ela começa a achar que Langdon é o culpado por aquilo e logo o coloca “debaixo da asa”. Com a justificativa de ser “segurança nacional”, Sato leva Langdon para os subterrâneos do Capitólio e o interroga o tempo todo.
Neste momento, a história se divide e surge a irmã de Peter Solomon, Katherine. Ela é uma cientista fantástica, de uma matéria pouco conhecida: A ciência noética. Esta ciência se baseia numa aproximação imensa entre a ciência e a religião, chegando a provar alguns dos conceitos que a religião aplica. Ela trabalha no Instituto Smithsonian, em um laboratório e sua finalidade é colocar em prática os conceitos da ciência noética.
A família Solomon é uma desgraça, apesar de serem brilhantes. Peter Solomon se casou e teve um filho, Zachary. Como é tradição na família, Zach recebeu a sua herança ao completar dezoito anos. Porém, como era a ovelha negra da família, recusou o tradicional convite entre receber o dinheiro ou o saber, preferindo sumir e torrar o dinheiro na Europa. Abusando de festas e drogas, Zach é preso na Turquia e o pai se recusa a dar a propina ao diretor do presídio, para soltar seu filho. Zach é morto poucos dias depois e a mãe dele culpa Peter, se separando dele. A mãe de Peter e Katherine é morta quando o bandido da história, Mal’akh, invade a mansão Solomon atrás da “pirâmide”. Ninguém entende o que ele quer dizer.
Mal’akh é o vilão da história. Matou o filho e a mãe de Peter Solomon, travestiu-se de assistente de Solomon para fazer Langdon ir a Washington e se disfarçou de psiquiatra para fazer Peter falar todos os seus segredos. Também usa o disfarce de psiquiatra para entrar no Instituto Smithsonian para destruir o trabalho de Katherine.
Outros personagens importantes são Warren Bellamy, Arquiteto do Capitólio, maçom e grande amigo de Peter Solomon. Ele salva Langdon das garras de Sato e foge com ele; e o decano Galloway, da Catedral Nacional de Washington, também maçom e amigo de Solomon. Ele explica a Langdon muito do que está em jogo nesta noite.
Porém, eu não posso explicar muita coisa sem entregar spoilers do livro. O fato é que Mal’akh procura desenterrar um poder imenso escondido pelos maçons. Sato e a CIA estão na história para defender a nação, pois Mal’akh é maçom de grau elevado e conseguiu filmar a cerimônia de sua elevação, uma simulação de tortura, com a participação de políticos importantes dos Estados Unidos, todos maçons como ele. Se Mal’akh revelar o vídeo ao mundo, a maçonaria e os Estados Unidos estarão em sérios apuros. Langdon e Katherine lutam para resgatar Peter das garras de Mal’akh. Bellamy os ajuda com as fugas, mas logo muda de idéia.
Porque Mal’akh odeia tanto os Solomon é uma coisa que só se descobre lendo o livro, bem como quem é mocinho e quem é bandido nesta história. Há coisas no livro que são características de qualquer história de Dan Brown são elas:
• O bandido é sempre misterioso e extremamente violento, não hesitando em arrancar partes do corpo, deixar a pessoa sangrar até a morte ou matar com extrema crueldade;
• Sempre que há alguma agência governamental envolvida, a direção é ocupada por uma mulher mal amada, mal humorada, feia de dar dó, com defeitos visíveis (magricela, anã, caolha, etc.) e que fuma sem parar. Esta mulher é tão irritante, que a gente sempre acha que ela é a grande vilã da história. Mas, volta e meia, quebramos a cara;
• Dan Brown gosta de colocar o pobre Robert Langdon sempre em subterrâneos, enterrá-lo vivo, afogá-lo. Langdon é um herói bem sofrido;
• Aliás, Robert Langdon não é um herói. Ele é um super herói! Só mesmo Dan Brown para fazer um solitário professor universitário, do tipo mais nerd possível, especialista em simbologia, virar um detetive tão bom, que supera até a CIA, o FBI e a NSA na elucidação do crime. O cara sofre muito, apanha, corre uma noite inteira e termina inteiraço, isso aos 46 anos de idade;
• As aventuras de Dan Brown têm um quê de 24 Horas. É com um período mais ou menos como este que Robert Langdon salva o Vaticano num dia, Paris no outro e Washington mais uma vez. Esse cara devia ter depressão profunda e se suicidar…
Nota 8: Recomendado, mas não vamos exagerar.
Os livros de Dan Brown são muito inteligentes e prendem o leitor, mas têm lá suas falhas. De positivo, podemos citar as informações contidas no livro, que vão da religião às grandes conspirações, passando pela arquitetura de diversos prédios ao redor do mundo. Só de ler este livro, sua cultura ganha um reforço considerável.
Também é louvável que ele consiga construir uma narrativa tão atraente, uma aventura que prende o leitor. Os capítulos não seguem um padrão, tendo capítulos de 10 páginas e outros de meia página, isso contribui para prender o leitor, já que você pode estar cansado de ler e vê que o próximo capítulo tem só duas páginas e continua lendo, lendo, lendo.
Outro aspecto interessante é o fato de, no final do livro, haver um resumo de uma página, dedicado aos outros romances escritos por Dan Brown. Quem não leu os demais e tem preguiça, pode conhecer as histórias pelos resumos.
A contar contra, há o fato de a aventura terminar com 50 páginas a correr ainda. Isso faz com que a história esfrie, passando apenas a contar alguns detalhes pequenos e sem importância.
Outro fato que conta contra é que Dan Brown explodiu com o Código Da Vinci, então qualquer outra obra sua fica à sombra daquela e com O Símbolo Perdido não foi diferente. A história é um pouco parecida com a dos demais livros.
O Símbolo Perdido tinha como nome inicial Solomon Key, por causa da mão de Peter Solomon ser a chave de onde partia a história. Porém, com o passar do tempo, Dan Brown resolveu mudar o nome e é mais uma história sobre maçonaria, só que desta vez com o selo de um autor que, com apenas 5 obras, conseguiu se tornar um clássico!
Este livro é indicado para pessoas como Cruor, que gostam de ler sobre a maçonaria, seus segredos e as teorias conspiratórias acerca desta irmandade.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
O Símbolo Perdido
Postado por Juaum às 00:01
Marcadores: -Juaum, Análises, Literatura
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8 comentários:
bom do juaum é que mesmo curtindo, consegue ver que os erros (ou vicios?) do Dan Brown
eu não li nada do Dan Brown até hj, mas tenho vontade, parece que ele é uma literatura que prende e de fácil leitura.
Eu li uns 3 livros do Dan Brown (ou mais?), mas não este, ainda.
Acho que tu conseguiu sintetizar bem os vícios-clichês (ele cria - ou não - e ele mesmo usa exaustivamente õ.o" ).
Diria que, apesar de ser uma leitura simples (ou será que isso não é defeito ?), dá gosto de ler... O ponto forte dele é o rítimo da narração, que se compararmos com o cinema, é o mesmo que faz a maioria das pessoas curtir filmes de ação; mesmo sendo medíocres (atuação, humor ou direção ruins[...]), a agitação que podem causar é entretenimento puro. Até a bosta do Transformers 2 é assim, com a diferença que o rítimo do Dan Brown fica mais ameno e "enigmático" às vezes (o que faz muito bem).
Outra coisa interessante é a riqueza de referências artísticas dos livros (que não lembro se tu chegou a citar); o cara é casado com uma artista-não-sei-do-quê, então no mínimo deve ter uma biblioteca boa pra ajudar. No livro Fortaleza Digital não há muito desse tom artístico, mas, por algum motivo, simpatizo mais com ele, que com o Da Vinci. Talvez seja o mais original, dentre os que li.
Enfim, os livros do Dan Brown são como uma pizza [modo glutão on]. Pizzas são muito boas, você pode ir a um rodízio e comer até dizer chega; ou devorá-las rapidamente, em casa, mesmo estando sozinho.
Mas, no fim, a pizza acabou, e era só pizza. Não foi nada de novo; ela nunca te deu aquela sensação de "descoberta de uma mina de ouro". E se você comer só pizza por uma semana, nunca mais vai querer. Então é bom comer uma hoje, outra daqui um tempo... [modo glutão off]
Cruor, eu tenho que ser um pouco crítico, né? Afinal, depois de ler todos os livros de Dan Brown, percebo que qualquer coisa que ele escreva sempre vai acabar sendo comparado com o Código Da Vinci. Mas o livro é bom e, respondendo ao Purple, a leitura é fácil e prende sim.
Ao tio poposo, realmente, a narrativa dele é tipo um filme de ação. Você não consegue parar de ler, por medo de perder alguma coisa. Eu não cheguei a citar as obras que ele cita no livro, mas generalizei de certa forma ao falar da aula de cultura que é o livro dele.
A comparação com a pizza é interessante, mas a diferença é que quando a pizza acaba, você fica alguns anos esperando pela próxima fatia...
Tio poposo auhauahuahauhauh xD
Meu e-mail me traiu (ou foi a senha?), mas enfim...
É por isso que pizza >>>>> livros do Dan Brown \o (agora que o Bordoda tem gastronomia, essas comparações até parecem mais inteligentes xD)
...isso não é uma crítica, seria mais um ponto de vista ou uma pergunta...afinal nunca li nada de Dan Brown...
...mas alguém que já leu Dan Brown leu algum livro de J Benitz....não eles não possuem histórias iguais, ou parecidas, ou livros...etc...mas pelo que ouço e leio falarem dos livros do Dan Brown ele me lembra muito uma linha do Benitz...só que é menos ficcioso, uma vez que nos livros de Bentiz (nem sei se é assim o nome ao certo) ele gosta de misturar viagens no tempo, alienigenas e por aí vai...se alguém conhece e leu os dois atores gostaria de uma opinião.
Olha, eu não posso comentar isso, porque nunca li Benitz e, se tem alienígenas, nunca vou ler. Então, fico só com Dan Brown...
Li os livros dels são muito bons, leitura facil de entender, bem detalhista consegue mostrar vários angulos sem perder o foco e ao tempero, e também fala de verdades universais e conhecimentos que outrora muito visados mas que fora esquecidos,conhecimento este que era restrito somente aos que eram adeptos ao manipular do saber e que hoje embora oculto das massas, omundo está migrando a uma era de iluminação apesar de a grande maioria ainda estar cega e adormecida, acho que vai abrir mente de muitas pessoas.
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