sábado, 13 de fevereiro de 2010

A História do Bordoada Cerebral + Explicações

Título bizarro, mas não tinha idéia do que pôr. E basicamente é sobre isso que este texto vai tratar. Sobre a parte de explicações, é onde irei explicar (faz sentido) como é o processo, que eu, Cruor, faço para chegar à nota final e fazer a análise...

Não sei se meus coleguinhas vão fazer o mesmo, porque o Bordoada Cerebral funciona de uma forma um pouco anárquica (e alguns projetos não vão pra frente justamente por isso). De qualquer forma, começarei com a parte da história geral bem resumida, e a parte que me diz respeito, eu posso explicar um pouco melhor e talvez, então, eles escrevam textos contando um pouco mais sobre como entraram pro blog ou o que motiva, e tal. Não que eu acredite que tenha gente interessada, mas já que estamos completando um ano (foi no dia 4 de fevereiro a primeira analise) de blog, precisamos de algo para marcar o aniversário!




É um texto longo.

A historia...

Eu sou bem ‘’caseiro’’, e como devem ter notado, eu gosto de filmes e assisto tudo (ou quase tudo) que dá para assistir, e não só os famosos ou atrativos. E claro, tenho amigos que compartilham do mesmo gosto, e nos papos sempre rolava algumas recomendações e críticas. Até mesmo com colegas de trabalho não muito próximos, acabavam rolando papos sobre filmes, para jogar conversa fora.

Nesses papos, me recomendaram ‘’Efeito Borboleta dois’’, e a pessoa falou algo do tipo ‘’é melhor que o um porque explica direito o que aconteceu no primeiro e se salva quem tem que se salvar, e morre quem tem que morrer’’. E bem, não tem ninguém, nem mesmo o roteirista e se duvidar nem o cameraman é o mesmo na continuação, e eu achei o filme intragável. Esse é só um exemplo de incríveis ‘’recomendações’’ que tive, fora àquelas críticas de sites que me afastaram de vários filmes e no final das contas eles eram bons.

O mesmo acontece com gibis e até mesmo jogos: quando dão notas altíssimas para games que me arrependo de ter comprado, e outros que adorei dão uma nota baixa, e não vejo sentido algum, mesmo lendo a análise... Ai, como sou metido e levo a sério a frase ‘’não gostou faz melhor’’, resolvi fazer análises. Podem não ser melhores para a maioria, mas como eu faço pra mim, eu considero ótimas (sim, sou egocêntrico também), afinal nunca dei nota com base no formato do nariz de nenhuma atriz, ou porque a empresa me deu brinde, ou como um torcedor fanático por alguma plataforma... Tanto que não faço análise de outros videogames, porque não jogo outros (tirando portáteis: ainda não me motivei a fazer nada sobre eles)e também não tenho grana para um ps3.

Nessa época, eu já fazia algumas análises (em fóruns) e conversando com o Rocha, pensamos que seria uma boa criar um blog, afinal, blog é algo pessoal e serve para expor opiniões. E isso foi algo bem corrido, acho que só demorou alguns dias, porque eu precisei aprender algumas coisas para fazer o layout e o banner com nosso logo (que, para quem não entendeu, é um cara tomando um tapa na cabeça); a foto ali do lado é de algumas coisas que tenho, e como foi feita às pressas, você pode notar defeitos =D Mas visa representar tudo que o blog teria em sua idéia original, falar sobre filmes, música, livros, gibis...

No começo nós tentamos trazer mais gente, até mesmo para ter um número bacana de postagens, e como todo blog iniciante ninguém quis participar, tirando o Pedro que é um amigo mútuo e deu a cara à tapa sendo o primeiro colaborador, a Jeh que é uma amiga minha e me ajudava revisando os textos e corrigindo meu português horrível, também mandando análises, o Kitsune que era só amigo do Rocha e sempre comentou e deu força...

Depois veio o Carlos, que começou tímido e hoje já tem mais postagens que o Rocha, o João que também apareceu para dar uma força e agora o Diego.


Não temos uma história das mais interessantes, na prática é um bando de amigos que não faz nada de útil e resolveu tentar criar algo. Não ganhamos nada com o blog; como vocês podem notar, nem propaganda do google o Bordoada Cerebral tem (tirando o trequinho lá de traduzir para outros idiomas), ou mesmo pop-ups; todas as parcerias são provenientes de amizade ou respeito mútuo (uma coisa está ligada à outra). Até mesmo os comentários, em sua maioria, são de amigos ou colegas – e sim, quando vem um comentário e não sabemos de quem é, ficamos nos perguntando se alguém conhece, tentando descobrir quem é a pessoa –. Obviamente, isso também faz com que a mesma se afaste, com medo...

Enfim, essa história acabou virando um pouco de desabafo. Mas só quero dizer mais algumas coisas, ainda nesse tema: obrigado a todos que nos ajudam, gostam do nosso trabalho ou só acompanham o blog porque caem aqui sem querer, ao clicarem no primeiro link que vêem quando procuram ‘’aparelhos para coluna’’, ‘’Tisha mostrando a calcinha’’, ‘’Terry Crews nu pelado’’ ou outra bizarrice qualquer.



Eu irei continuar postando, já tenho posts para mais um ano e pretendo continuar. Novidades estão por vir (nenhuma relacionada a mudança de logo ou layout, pois não estou a fim de mudar nada), o podcast cedo ou tarde conseguiremos voltar a gravar e podem ficar tranqüilos que o ‘’Most Wanted’’ não decepciona, todo mês temos buscas bizarras.




A explicação...

A explicação...

Eu não sou jornalista. Mesmo que não precise de diploma, eu continuo não sendo. Não estudei cinema ou artes cênicas nem nada do tipo, embora o assunto me interesse; já li livros a respeito, mas não fiz nenhum curso ou estudei de forma correta.

Mesmo sem ter feito nada nessa área, eu opino sobre atuações, direção e até mesmo fotografia, e esses fatores tem peso na nota. Acontece que, mesmo não tendo grande conhecimento na área, há coisas que são óbvias.

Na direção, o que critico são os erros absurdos; não dou bola para o relógio que desaparece em uma cena, a menos que seja fundamental para a história (fora que às vezes nem reparo nisso, se eu reparar é porque o filme está chato demais). No formato do filme, se faz sentido para a história ter aquela cena ou se colocaram só para parecer legal, se as tomadas me fazem prestar mais atenção ou me fazem olhar para os lados, procurando algo mais divertido...

O roteiro é a coerência e a cadência; se me prende, querendo saber o que acontece depois, ou se me afasta; se faz sentido e qual o propósito ou porque diabos o personagem age daquela forma e não de outra.

As atuações, se me convencem: eu olho o personagem de um mecânico e falo ‘’poxa ele parece um mecânico’’ e não ‘’há ta ele é um mecânico porque o nome dele é Mecânico Zé’’, e se dá para ver a emoção que o ator está tentando passar, como sendo algo real.

A fotografia e efeitos especiais são os mais fáceis de explicar, se a imagem é bonita e bem trabalhada ou o efeito parece real.

Quanto à trilha sonora, presto atenção se ela combina com o filme e com a cena, se ajuda a construir a emoção ou se estraga. Mesmo não estudando nada, é muito fácil perceber esse tipo de coisa, seja na música ‘’A Cavalgada das Valquírias’’ (Valquírias são guerreiras que cavalgam cavalos alados e sobrevoam os campos de batalha, escolhendo os guerreiros mais bravos, dos que foram abatidos, para entrar em Valhala – o ‘’paraíso’’ da mitologia nórdica –) tocando na cena em que helicópteros americanos sobrevoam os céus dos campos de batalha vietnamitas, no filme ‘’Apocalipse Now’’; ou a ‘’Imperial March’’ que ajuda a mostrar o vilão impiedoso Darth Vader, no ‘’Star Wars’’; ou aquele roquinho broxante tocando no meio do nada, porque a música faz sucesso e querem vender o CD da trilha sonora para a garotada...

Isso tudo é levado em conta em uma análise de filme, podendo variar de um a dois pontos, dependendo se é muito ruim ou muito boa. Outra situação que é obvia é o ‘’divertimento’’, não dá para medir ou comparar, mas tentarei explicar o meu gosto mais à frente. E isso pode valer uma análise mais favorável, apesar de uma nota baixa ou vice-versa. Como você deve ter sacado, apesar de criticar várias categorias, na prática é ‘’em MINHA opinião essa categoria foi boa ou ruim’’.

Portanto sempre vai ser uma crítica parcial, mas antes que você se sinta indignado, lembre-se que todo crítico avalia utilizando o conhecimento pessoal e o gosto próprio, a diferença é que tem uns menos metidos do que os outros. Mas ninguém é capaz de fazer uma crítica que avalie alguma forma de arte deixando a emoção que sentiu de lado, afinal de contas, também não dá para fazer arte sem emoção.

Ai, ainda temos os valores ‘’quebrados’’, que são dados por inúmeras categorias, que não dá para pôr em todos os filmes. Como originalidade, que dependendo do gênero ou até mesmo a proposta, não há muito que se fazer; ou como alguma coisa realmente memorável ou até mesmo uma atriz muito bonita (ah vai, isso conta no máximo 0,3 na nota).


No caso de livros, eu levo em conta a narração e história: se me deu sono ou se me prendeu; se o autor do livro tenta fazer algo que só ele vá entender ou que use um monte de palavras rebuscadas (ráaa, vulgo palavras difíceis de entender), ou seja, que dificulta a leitura, te obrigando a consultar dicionário, Google ou enciclopédia... E no final das contas você acaba deixando a história de lado para ir estudar. Claro que isso varia de acordo com o gênero do livro. A diagramação também é algo importante; seria o formato do texto. Esse longo texto que escrevo, por exemplo, tem espaços entre parágrafos, por uma questão simples: fica mais fácil para se achar, caso você resolva ler outro dia, ou por algum motivo teve de parar de ler. E se eu, um mísero blogueiro, que precisa de ajuda para mandar um texto com português decente, penso nisso, um livro que movimenta dinheiro deve ter esses cuidados também.

Para histórias em quadrinhos, é levado em conta, além do roteiro, os desenhos, obviamente.

Para Games, são praticamente todos fatores das outras categorias, além de dublagem, movimentação, jogabilidade, originalidade, e algo que pesa muito na nota: ‘’o que dizem que o jogo é capaz e o que ele realmente me permite fazer’’. Ou seja, é o que as produtoras falam para vender o jogo. Se me falam que é possível customizar o personagem, não basta só poder mudar a cor da camisa; se me falam que é possível dirigir carros, eu não vou me contentar com dois carros iguais que tem cores diferentes. História e coerência, dependendo do propósito do jogo, também são levados em conta - jogos nonsense, tipo Super Mario, não precisam de explicações do porque um encanador fica grande com cogumelo, já outros que tem o propósito de ser uma espécie de filme interativo devem explicar o porque tal coisa é daquela forma e deve ter uma explicação plausível.

Eu acho que expliquei tudo; talvez tenha deixado algo de fora, mas o texto já está muito longo. Caso tenha dúvidas, basta deixar um comentário.

Sobre o gosto pessoal que falei, a idéia é a seguinte: é fácil você ir ao cinema e ver um filme com efeitos especiais bacanas, tiros e explosões e achar super legal, por ter sentindo o barulho no peito, devido à potência das caixas; ou as imagens mega coloridas na tela grande ou mesmo acabar gostando do filme porque foi vê-lo com amigos ou namorada e acabou se divertindo com algo antes ou depois, e o filme passa a ser uma parte de um dia bacana e vira uma boa lembrança. É fácil ver apenas bons filmes que ganharam prêmios, que quebraram bilheterias, e ai assistir um mais fraco e dizer que é horrível...

Agora, para entender o que é realmente ruim, basta pegar ai uns três filmes - Tribe, Tribe 2 e Scourage - e assisti-los um depois do outro, sozinho, sem MSN, sem pausa para ver orkut/twitter, apenas prestando atenção a essas porcarias. Depois, você um vê um filme que acha ruim (um filme ‘’fraco’’); ai talvez você comece a entender o que é ruim e o que é chato e o que não agrada o seu gosto pessoal, mas tem atrativos e é bem feito.

Enfim, as análises são de gosto pessoal, porém eu me sinto na obrigação de filtrar algumas coisas, explicar o motivo de minha nota e por que aquele filme que ganhou prêmio teve uma nota baixa, ou aquele seriado ruim teve uma nota alta.

Para finalizar, opiniões, sugestões, críticas e elogios são sempre bem-vindos, mas lembrem-se que não sou puta de ninguém e vocês não me pagam nada; em outras palavras, se eu achar a sugestão boa ou a crítica aproveitável, vou tentar seguir e melhorar...

Revisado por: Kitsune

11 comentários:

Carlão disse...

Esse Cruor é um um noob. Devia ter falado que o blog surgiu num momento de superação de tragédias pessoais. Isso atrai mais gente!

Isso, e fotos da tisha campbell martin pelada e o terry crews nu.

Juaum disse...

Ou da Yoná Magalhães, né Carlitos? Agora, esta passagem "o João que também apareceu para dar uma força" demonstra um certo desprezo quanto à minha pessoa. Todo mundo tem uma história de vida bordoadesca e o João só apareceu para dar uma força...

Enfim, Alexandre expôs seus motivos, deu a cara a tapa e nem me avisou que o blog fez aniversário (eu podia ter lançado um parabéns especial) e demonstrou que o blog é assaz interessante e merece a sua audiência, você aí que está lendo este comentário agora! Então vá ler e ajudar a fazer o Bordoada Cerebral crescer!

Só faltou ele falar que um blog cultural surgiu de um bando de amigos que se conheceram graças à luta livre...

Diego disse...

huehueue. gostei. 1 ano do Bordoada!
Bom esse bando de amigos q se conheceram graças a luta livre é um fato.!
Por incrivel q pareça o Cruor morou na mesma cidade q eu ( Taboão da Serra), conheci tbm o Jaum, e um anão zangado metido a lutchador huehue.
Vou ver se escrevo algo assim p me explicar sobre as comidas!

Cruor disse...

Juaum tu pode lancar um parabens ainda, afinal é o mes do carnaval e do bordoada cerebral (rei das rimas)

E para de ser emo, que tu é tao importante que o rocha :P

Ferraro disse...

Aeee parabéns pro Bordoada, e dá-lhe tabefe no cerébro!!!

...bom, o único que eu conheço do blog é o japa mesmo, ou Alexandre, ou Cruor...faz um tempinho, de um forum de rpg que nós nem gostamos muito de lembrar...

...bom, apesar de termos alguns gostos em comuns nem sempre gostamos pelo mesmo motivo e isso as vezes cria uma discussão sem fim.

Acho que a criação do blog caiu como uma luva, o japa tem muita afinidade com todos so elementos que compõem os assuntos do Bordoada e por isso acabo gostando de ler os posts, pois eu também gosto muito dos temas aqui abordados.
Típicas coisas nerdezcas.

Mas acho que para esse ano o Bordoada devia abranger coisas que estão na net, MMORPG, o próprio RPG de mesa, Animes e Mangás para leigos...quem sabe uma comparação entre HQ e mangá....

...são coisas que eu ia achar interessante de ver.

E claro, agradecer e parabenizar o pessoal do Bordoada, pois muita coisa eu aprendi aqui...mesmo que de conhecimento inútil...mas nunca se deve desprezar um conhecimento...e tbm pelas muitas vezes que eu não idéia do que fazer e acabei indo conferir algo que estava nas análises do Bordoada.

Rocha. disse...

eeeeeeeeeeeeee um anoooooo! uhul! Que nada, como eu falei o João é uma grande aquisição, melhor do que o Tim Anderson na BWF! \o/

e me impressionei com o comentario do Leandro. Queria falar que já aprendi mto com ele também, e com o resto do pessoal, pra mim pesquisar antes de postar as coisas, e coisas sobre diretores, filmes, generos, etc, e vou continuar aprendendo até ficar bom! :P

ótimo resumo do bordoada, isso ai, mais 10 anos! \o/

Tadeu M. Fagundes disse...

Cara, eu leio esse blog, no anônimato, a 1 ano \o/
Agora resolvi "sair do armário" pra postar, mas a verdade é que eu conheço esse pessoal da comu da WWBrasil, do orkut!

Gosto muito dos filmes que vocês postam ;) Concordo com muitas das críticas, apesar de mostrar um lado muito mais cult e "crítico", propriamente dito, dos filmes.

Bom trabalho, continuem assim!

Cruor disse...

=D

Juaum disse...

RT?

Tadeu M. Fagundes disse...

Tadeu Fagundes, antigo "Tah" da comu da WWB ;)

Juaum disse...

Ah sim, achei que fosse o RT. Jamais imaginaria que Tah era de Tadeu...