sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Brütal Legend


Ano de lançamento: 2009
Gênero: Aventura, Ação
Plataformas: XBOX 360, PS3 *testado no 360
Estúdio: Double Fine Productions
Distribuído: Eletronic Arts
Revisado por: Kitsune

Eddie Riggs é um roadie (aquele cara que trabalha montando palco, afinando instrumento e dando suporte pra banda). Ao sofrer um grave acidente, acaba sendo transportado para a terra do metal...


Vi vídeos a respeito e não me empolguei, baixei a demo na XBOX Live e me surpreendi; só com o pouquinho que deu para jogar, me fez rir bastante da história, cheia de referências e ironia. E tive que comprar esse belo jogo.

As dublagens estão ótimas, com Jack Black no papel principal. Tim Curry, Rob Halford e até mesmo Lita Ford e Ozzy Osbourne acabaram emprestando a voz para alguns personagens.

Personagens esses que em sua maioria são inspirados nos próprios dubladores. Ozzy dubla ‘’o guardião do metal’’ que tem o visual idêntico ao dele, com cabelo preto e óculos redondos, e um morcego, com o visual ‘’ozzy mullet loiro’’, que tem uma família de morceguinhos e ainda faz piada com ‘’irei morder sua cabeça’’. Existe uma tribo de mulheres que usam pintura parecida com a do KISS, e aparece até um homem que tem o poder de tocar um baixo (instrumento) para curar, que é inspirado no Lemmy do Motorhead.

O roteiro é ótimo e a história é o grande ponto forte do jogo. Já de cara temos Eddie fazendo seu trabalho de roadie para uma banda chamada ‘’Kabbage Boy’’, que chega botando mó pilha no show, perguntando se o público estava preparado para o ‘’metal’’. Então começa uma música que parecia que viria uma senhora porrada e descamba para algo melódico, com D.J. e o vocal misturado com rap e uma letra falando sobre sentimentos. Nesse momento nosso herói Eddie dá um ‘’facepalm’’, em desgosto. As piadas envolvendo o gênero metal não param por ai e são feitas de forma respeitosa, atingindo em cheio o publico fã. Quem não é fã pode acabar se sentindo perdido em alguns momentos, mas nada que possa prejudicar.

Para os fãs, rola piada com um vilão, sendo um glam rocker, com direito a roupa espalhafatosa e cabelo de poodle e um discurso que fala algo do tipo ‘’ele se vendeu, se corrompeu, tentou passar a imagem errada de que todos nós (do metal) somos assim, e quase conseguiu’’. E quem curte um pouco de história do rock vai entender a referência ao gênero e suas bandinhas. Outra boa sacada é o discurso sobre um grupo de pessoas que eram aprisionados em uma mina para trabalho escravo. Eles são jovens que não sabem fazer nada além de balançar a cabeça o dia inteiro, e, graças ao poder da música, descobrem que podem ser de alguma utilidade. Ou quando uma garota fica encantada com o Lemmy, e o Eddie falando ‘’o que elas vêem nos baixistas?’’.

Fora que a história é épica - houve reviravoltas, romantismo, ação, drama.

O cenário e as criaturas são inspirados em capas de álbuns, como panteras negras que soltam raios pelos olhos, porcos-espinhos de aço, árvores que parecem escapamentos e até uma montanha (literalmente) de amplificadores.

Os gráficos são bacanas, nada de espetacular, mas fluem bem, e o visual cartoon casou bem com a proposta.

A jogabilidade é simples, o que me incomodou. Basicamente, é só ficar batendo com o machado (apertando um botão só), usando a guitarra para eletrificar ou queimar, ou fazendo um combo simples com dois botões e algumas repetições. Tiveram algumas boas idéias como um esqueminha de ‘’magias’’, em que você usa a guitarra, lembrando um Guitar-Hero (é preciso apertar os botões na hora certa para que funcione). Tem um carro que pode ser equipado com armas e alguns upgrades, que não são apenas estéticos, e também é possível montar nos animais e usar eles para atacar. Tudo funciona muito bem, só que a simplicidade deu um gostinho de que faltou algo.

Além de o cenário ser aberto, existem estátuas que, ao utilizar uma magia, vão se tornar portais para se encontrar com o guardião do metal; outras vão te dar magias novas; algumas abrem vídeos sobre a história do lugar; e por fim há as estátuas de dragão, que ao serem liberadas te dão um pouco mais de vida. Nada disso é obrigatório, mas é útil de se fazer, assim como as side-quests, que variam de corrida e emboscada até algumas especiais como levar cerveja para uma festa na praia. Funcionam bem, só que as especiais são poucas e as outras acabam cansando por serem basicamente a mesma coisa sempre. Uma das missões secundárias mais bacanas é a do caçador, que, ao ser cumprida, concede um upgrade em uma magia que evoca animais para te ajudar.

A trilha sonora é um espetáculo, vai de Ministry, Anvil, Black Sabbath até Mastodon, Crade of Filth, Static-X... E as músicas combinam com o momento na trama, rola King Diamond em uma parte de ‘’trevas’’, Dragon Force em uma parte mais ‘’épica’’. São cento e sete musicas ao todo, com setenta e cinco bandas.

Como tudo que é bom, tentam explorar mais um pouco. Estão pensando em um pacote de expansão, mas não descarto uma continuação no ano que vem (afinal EA é EA). Não que seja ruim, já que mais aventuras seriam bem vindas, só que vai depender da boa vontade contra lançamento às pressas para render um troco.

Nota: 9


Não leva uma recomendação por faltar mais coisas para se fazer, é bem chatinho passear pelo mundo depois que fez final, e apesar de tudo ter alguma utilidade (as missões, estátuas), dá para fazer final sem precisar de todos upgrades ou ganhar a energia no máximo. Mas, sem dúvidas, Brütal Legend é um puta jogão, e seu destaque é a história principal e a trilha sonora.

Para: Fãs do metal \m/

2 comentários:

Juaum disse...

Parece ser bom, Alexandre. Confesso que quando eu vi o comercial no Raw, não me empolguei, mas agora que conheço a história, vejo que é bem interessante. Pena que eu não tenha um XB360...

Rocha. disse...

acho que assim como todo mundo, eu vi videos e etc, mas não me empolguei tb, mas parece que é um excelente jogo. Parece ser um Jak evil. Se eu tivesse um 360 faria questão de jogar! Ótimo review!