segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Academia Umbrella: Suíte do Apocalipse


Título Original: The Umbrella Academy: Apocalypse Suite
Ano: 2007 (Saiu no Brasil esse mês)
Roteirista: Gerard Way
Desenhista: Gabriel Bá

7 crianças são adotadas por um inventor, com o propósito de salvar o mundo. De que?

Depois de um estranho evento, 43 mulheres que não estavam grávidas dão a luz. Sir Reginald Hargreeves, um alien disfarçado de humano, consegue adotar 7 dessas crianças que tem poderes especiais afim de treiná-las para salvar o mundo, mas por 10 anos ele e as crianças desaparecem só retornando quando aparentemente a Torre Eiffel é atacada.

Antes de falar mais da história e dos personagens, vale comentar um pouco do autor e do desenhista da HQ.
Gerard Way deve ser conhecido para os emos de plantão, afinal ele é o vocalista do My Chemical Romance, e devo dizer que a sua veia para quadrinhos é muito melhor que o seu gosto musical.
Já Gabriel Bá pode ser menos conhecido, mas é um ótimo desenhista. O brasileiro, junto de seu irmão gêmeo Fábio Moon, são as novas caras nacionais que estão conquistando espaço merecido nos EUA. Bá está desenhando atualmente na revista spinoff de Hellboy, B.P.R.D - 1947.

A história de Academia Umbrella gira em torno dos problemas familiares. Como toda família os irmãos tem suas diferenças e saem na mão, o problema é quando você é um herói e esses desentendimentos podem atrapalhar enquanto tentam salvar o mundo.
O "pai" deles, apesar de aparecer pouco, é retratado como uma pessoa autoritária, mesquinha e por vezes cruel sentimentalmente. Por conta disso alguns filhos o odeiam, outros o idolatram e outros tentam chamar sua atenção. E por conta disso ele é basicamente a "culpa" pelo mal relacionamento entre o grupo.

Falando dos personagens, a família é composta pelo estereótipo de super grupo. Tem o líder destemido (Garoto Espacial), o bad boy (Kraken), o cara bizarro que quer ser legal (Horror), o emo (Espírita), a criança prodígio (00.05) e a menina "sacana" (Fofoca). O legal é que essas personalidades são exploradas ao extremo. Por exemplo, o líder destemido é fanático por ser líder destemido, então se comporta como um sargentão na hora das missões e dane-se a família se essa for a ordem do dia, ou o bad boy que faz questão de ser o do contra mesmo que ele concorde com as situações.
Além disso, os poderes de alguns deles também fogem do comum. Kraken pode segurar a respiração por tempo indefinido, Espírita pode falar com os mortos e levitar, Horror tem monstros de várias dimensões embaixo de sua pele e pode usá-los quando quiser, Fofoca faz com que tudo que ela fale vire verdade, Garoto Espacial tem super força e vive no corpo de um gorila, 00.05 não envelhece por conta de ter poderes ligados a viagem no tempo, e ainda tem a outra irmã da família que aparentemente não tem poder nenhum e é ignorada.

Academia Umbrella tem um clima surreal e meio gótico, ponto para a "emice" de Way, o que ajuda a mesclar a história de simples super heróis com as bizarrices de uma família disfuncional. Ou seja, acaba lembrando muito Patrulha do Destino e Hellboy, o que é ótimo.

Nota: 8,0

Para: Fãs de quadrinhos "alternativos", de Hellboy, do My Chemical Romance.

3 comentários:

Cruor disse...

Viu como valeu apena tocar My Chemical Romance no podcast do mes passado? =P

Ja tinha ouvido falar muto nesse titulo, mas nunca me interessei em ler sobre o que era falado :P Vou tentar ler agora que pareceu bacanudo

Ferraro disse...

Apesar de parecer legal pelo post, ainda mais que eu tô fritando com idéias depois de ler Mutantes e Malfeitores(RPG), eu ainda tenho preconceitos com relação a "emices"...poxa por causa dessa onda emo, acabaram com Goticos, Darks. punks-góticos...hoje são quase todos tachados como emos...que saco!

Juaum disse...

Opa! Mutantes e Malfeitores?!? Preciso conhecer...

Carlitos, show de bola o review, falando inclusive dos profissionais envolvidos. Já a história não parece ser das que mais me agrada, infelizmente. Também, os quadrinhos atuais não me agradam, à exceção de Black Lagoon...