Saints Row 2

Ano de lançamento: 2008, 2009 (PC)
Gênero: Ação, aventura em terceira pessoa.
Plataformas: 360, ps3, pc, celular *testado no 360
Estúdio: Volition
Distribuído: THQ

Saints Row 1 foi conhecido como um “GTA Genérico”, porém essa segunda versão veio para mostrar que Saints Row tem vida própria.
Continuação direta da história do primeiro jogo. Após anos em coma você acorda na cadeia e, logo ao fugir, pode ver as mudanças na cidade de Stilwater: antigos “colegas” e que fim levou a antiga gangue, os Saints Row’s. A analise é longa porque tem muita coisa pra falar.


Apesar de usar o mesmo mapa do primeiro jogo as diferenças são enormes e dá uma sensação de ser bem maior devido a ter vários prédios em que você pode entrar, como museus, faculdade, lojas e o shopping. Com os lideres dos Saints fora de circulação a cidade foi dominada pela Ultor (uma mega empresa) e três novas gangues. O plot principal consiste em eliminar a concorrência e ir dominando a cidade.

Cada gangue tem uma história própria, basicamente são três pequenos enredos que você pode fazer na ordem que quiser (incluindo fazer uma missão de uma gangue depois uma de outra) se transformando no plot maior. Cada gangue tem suas peculiaridades.

Os Ronins são o grupo oriental, com brigas de espada, discursos sobre honra e vários palavrões em japonês que não foram traduzidos. =P Seria mais ou menos uma paródia séria (é levado a serio apesar de ter momentos zoando clichês) sobre os filmes orientais.

Os Sons of Samedi pra mim tem a melhor história, tendo uma violência mais realista apesar de referências ao voodoo e misticismo. E a que teve os personagens mais bacanas o The General, típico estereotipo de vilão de filme do Rambo (Parece aqueles militares que tomaram o poder de algum país de 3° mundo) e o misterioso Mr. Sunshine, que aconselho prestar atenção nele.

Brootherhood, apesar deter uma boa história essa parte tem um clima mais exagerado e um estilo mais “filme americano de ação forçado”.

Durante o jogo todo temos cut-scenes que misturam elementos forçados com cenas mais realistas fazendo com que a história tenha um pé no chão e não seja chata. Após vencer cada gangue você ganha o estilo de luta, os carros customizados e únicos e “taunts” (gestos para interagir com as pessoas).

O jogo pegou tudo aquilo que tinha bom no primeiro e melhorou. O personagem principal é totalmente customizável, podendo ser de qualquer etnia, tipo físico ou mesmo sexo (sim, dá de jogar como mulher) e conta com várias opções de cabelos, barbas, tatuagens, piercings e roupas (agora você também não precisa usar apenas roupas roxas, a cor dos saints para ganhar status \o/). Sua casa também (que você pode comprar outras) tem o interior customizável, além de todos veículos terrestres podem ser customizados (tem bastante, de carros e motos a caminhões e tratores), alguns com um leque grande, podendo mudar completamente a aparência, outros apenas alterando as rodas (que são mais de 20 opções e dá de mudar o tamanho, a largura e o perfil) e as cores (metálicas, foscas, brilhantes... e também dá pra escolher pintar só uma área do carro). Mesmo os veículos com poucas opções podem ficar irreconhecíveis.

Além de terrestres, temos veículos marítimos como lanchas, jetskis, veículos aéreos como helicópteros e aviões (e um OVNI que tu abre com código).

Para poder passar nas missões principais você deve ganhar respeito. Para isso você pode lutar com membros rivais, policias ou fazer missões opcionais (quanto mais status você tem mais respeito ganha por missão).

A variedade é incrível, temos tradicionais corridas, missões de tráfico (você escolta um traficante), lutar em arena, destruction derby (aquelas batalhas de carro), causar destruição, assassinatos, roubos de carro, motorista para celebridades fugindo de paparazis, tem uma que você entra em uma espécie de COPS (aquele show de tv) e sai por ae descendo o cassetete nos bandidos. Essas missões, além de respeito, te dão dinheiro

Outras formas para conseguir dinheiro são jogar 21 (Black Jack) e poker nas máquinas, seqüestrar alguém em um carro ou uma bizarra atividade, caso você jogue com uma mulher (essa atividade não mostra no mapa) em que você vá para áreas que tenham clubes eróticos ou lojas de pornografia e faça programas como uma prostituta (não dá pra ver nada, mas a parte bizarra é que você “controla” tendo que movimentar o analógico até que...). Além dessa “missão secreta” existem lojas que não mostram no mapa, além dos prédios em que você pode entrar (e sim, os prédios têm coisas dentro sem ser aquelas áreas genéricas).

Infelizmente os gráficos não evoluíram tanto do primeiro jogo, deixando a desejar e contando com alguns bugs como não carregar o seu carro (há, não se preocupe, seu carro customizado sempre vai voltar pra garagem mesmo que tenha sido destruído). A jogabilidade melhorou, é mais fácil ainda de mirar, incluindo em carros que agora possuem cruise control (o acelerador fica travado em uma velocidade constante) e a possibilidade de usar escudos humanos, no combate desarmado também melhorou com os estilos e agora com agarrões. Dirigir também é fácil e divertido, mesmo os helicópteros que são complicados de controlar (eu achei mais fácil que os do GTA IV). E uma grande novidade é poder usar as katanas (espadas orientais) montado em uma moto, e isso funciona bem.

A física do jogo é irregular, conta com bugs, mas não chega a comprometer, só alguns momentos em que você vê cenas ridículas.

Assim como GTA, Saints Row conta com rádios que variam com os estilos musicais. Os locutores não têm muito carisma e nem as propagandas, mas a variedade de musica é boa e conta com clássicos do rock como Final Countdown (Europe) até as mais modernas como Rock and Roll Queen (The Subways) e os estilos variam do metal, hip hop, reggae, eletrônica, músicas clássicas e até world music instrumental.
Existem também mini games como base jump (seu pára-quedas é embutido, não é algo lá muito realista, mas para o jogo é uma mão na roda já que você não perde). E você pode jogar no videogame da sua casa Zombie Uprising, basicamente é o mesmo jogo (saints row), porém você tem alguns colegas sobreviventes e sai pela cidade destruída enfrentando hordas de zumbis.

A quantidade de armas também é preciso mencionar, afinal são mais de 10 armas brancas e várias outras armas de fogo, incluindo marretas, facões, motoserras, bazucas, escopetas e ate armas ridículas como uma bengala de cafetão.

Uma dica: No shopping (foto a baixo, clique e veja a imagem maior) você encontra três lojas “secretas” de roupa, a única loja com piercings e capacetes de motoqueiro, uma de roupas de couro e uma loja de fantasias (única que vende sobretudo). Os pontos de interesse são muitos, por isso não vou comentar, mas dê uma olhada na frente da universidade para ver as cheerleaders treinando, ou na praia para ver um grupo de cantores e alguns mímicos.



Nota: 9,3

Não leva mais pelos bugs e o gráfico que, apesar de não ser tão ruim, não é tão moderno e poderia ser melhor. Na minha opinião Saints Row 2 é melhor que GTA IV, principalmente no quesito divertimento. Eu fiz final (da missão principal) em ambos e o único que ainda me motiva a continuar jogando é o Saints Row, pois tem mais missões divertidas, afinal é melhor jogar no vídeo game da sua casa “Zombie Uprising” do que ficar procurando pombo. Fora a customização que é incrível e eu pessoalmente adoro modificar tudo.
Diferente de outros jogos com o mesmo tema, Saints Row não tenta mostrar o personagem principal como um “herói bandido”, pelo contrário, faz questão de mostrar que ninguém na cidade, incluindo você ou seus inimigos, prestam. Isso tudo com muito humor.

Para: Pessoas que acharam que GTA IV retrocedeu tirando tudo aquilo que San Andréas tinha de melhor, fãs do gênero, jogadores casuais que querem só brincar na cidade e jogadores hardcore que querem descobrir tudo.

*Ao que parece a versão para PC tem uma infinidade de bugs e controles bem complicados.

Recomendo!