terça-feira, 24 de março de 2009

The Curious Case of Benjamin Button


Diretor: David Fincher
Ano: 2008
Roteiristas: Eric Roth *inspirado no conto de mesmo nome escrito por F. Scott Fitzgerald
Gênero: Drama, Romance

O filme conta a história de Benjamin Button, que nasceu como um velho e, a medida que o tempo passava, ele ia ficando com uma aparência mais nova, assim como sua saúde vai melhorando.

Quando vi o trailer falei para um amigo o que eu achava que ia ser a história, infelizmente eu acertei...

Detalhe para a primeira cena do filme que chegou a tirar um “oooow não” meu. Cena clássica que está em 8 a cada 10 dramas, mostrando uma velhinha no leito de morte e sua filha...

A parte mais interessante do filme é a doença de Benjamin, mas claro que isso foi colocado apenas de pano de fundo, apesar de no começo do filme mostrar alguns pedaços bacanas como a reação das pessoas ao bebê de pele enrugada e saúde debilitada. A infância dele, com aparência de um velho de 80 anos com problemas de visão e audição, não é muito bem trabalhado, chega a dar impressão que o cérebro do garoto também tem o nível de raciocínio de um velho e não chega a mostrar nenhuma eventual dificuldade, as pessoas ao redor o vêem como um vovô, e ele leva isso numa boa.

Os personagens na primeira parte do filme (mostrando a infância de Benjamin) são bastante interessantes e até carismáticos, mas são apenas meios para preparar para o dramalhão que esta por vir.

Após uma hora e vinte mais ou menos, contando infância e adolescência do rapaz de forma até que divertida com um drama leve com uma possível história de amor e até mesmo momentos engraçados, aos poucos vai ficando mais arrastado e começa a acontecer tudo aquilo que você já esperava. Encontros e desencontros amorosos, um casal que se lamenta de ter perdido oportunidades, encontros melodramáticos, questões de vida e morte da forma mais chata possível e algo pior que isso se arrasta por bastante tempo, afinal o filme tem quase três horas.

Todos clichês possíveis de drama têm no filme, até o famoso “jovem vai para guerra” e isso torna o filme maçante (a menos que você goste, claro), mas é daqueles filmes que sua namorada vai te encher o saco pra ver junto (afinal, tem o Brad Pitt), vai chorar, te bater por tu ter dormido e achar lindo trocando elogios para o filme com xingamentos por você ter roncado.


Nota: 6,5 e olhe lá.

Afinal as cenas são bem feitas, a computação gráfica que usaram para deixar os atores mais novos é boa (infelizmente a maquiagem deles velhos não, prestem atenção nos lábios da Kate Blanchett velha que não se mexem), os velhinhos do asilo são personagens bacanas assim como o capitão do barco e tem boas atuações, mas o filme fez questão de enrolar bastante para ter 3 horas. A cena do táxi, em que ele fica repetindo o caminho para ilustrar uma idéia da raiva, dá vontade de gritar “Eu já entendi caralho!”. Só não dormi porque acho a Kate Blanchett linda, mas fiquei impaciente não vendo a hora do filme acabar, fora o condicionamento físico que o cara tem que ter para assistir sem parar para ir no banheiro ou comer alguma porcaria. =P (no caso, o filme é chato demais que você sente passando as horas e dá muita vontade de fazer pausas).

Para: Povo que adora dramalhões, ver parte da bunda da Kate Blanchett, ficar entediado, ver com a namorada já preparado depois de ler a analise.
Dica: Vai no banheiro antes, toma um café bem forte, presta bastante atenção no começo e na metade pro fim começa a contar os fios de cabelo que tem na cabeça, ou tentar descobrir a formula da cura de alguma doença rara.

Na boa, se tu não curte drama foge!

3 comentários:

Ferraro disse...

Aaaah eu vo o filme com a Mah, e embora concordar com partes da analise, digo que a analise sobre a namorada tá errada, o meio do filme é chato pra todo mundo, a mah dormiu...
Mas acho que é isso, apesar de ter muita coisa legal, tipo o velhinho que fica contando as vezes que foi atingido por um raio...são as melhores partes do filme...o filme tem elementos carismáticos que fazem valer a pena, realmente a parte do tio Brad e da Tia Kate poderia ter sido muito melhor...mas é chato, eu tive vontade de atirar nos dois. Graças ao roteirista o filme tem mais coisas que apenas os dois.
Uma coisa que intrigou eu e a mah, no fim da vida do tio Brad...não há uma certa semelhança com Alzheimer?! Pra quem viu pode entender o que quero dizer.

Cruor disse...

Mas a má é um cogumelo radioativo ninja, nao é uma garota normal =P
O meu problema foi justamente que as coisas legais so serviram mesmo pra preparar pro dramalhao entre os dois se ao invez de mais uma hora e meia fizesem so meia hora do caso de amor la o filme teria uma nota bem mais alta.

e concordo com o Alzheimer,

**Spoilers nao leiam caso nao viram**

fora a pena da Kate né quando o cara tava novo em forma e tal nao pegou quando virou crianca teve que cuidar =P



**fiM dos spoilers**

Ferraro disse...

é pensando dessa forma...é a pena dela sim...hehehehe