quinta-feira, 29 de março de 2012

O Poderoso Chefão



• Autor: Mario Puzo
• Editora: Best Bolso
• Gênero: Suspense, policial
• Ano: 2010 (6ª edição)
• Número de páginas: 655
• Onde adquirir: Cia dos Livros, Fnac, Vitrola.

“todo homem tem o seu destino…”

A saga da família Corleone nos Estados Unidos do pós-guerra é retratada neste romance mundialmente famoso. Don Vito Corleone, patriarca da família é o cabeça da organização mafiosa em Nova Iorque e tem por missão encontrar entre seus três filhos homens aquele que irá sucedê-lo nos negócios da família.

A história começa com a apresentação de três pessoas com suas desgraças: um cuja filha é violentamente espancada por dois garotos de famílias ricas, que tentam estuprá-la e são inocentados pela Justiça; um padeiro cuja filha engravida de seu ajudante, que está prestes a ser deportado para a Itália; um cantor famoso de Hollywood que não agüenta mais ver a mulher saindo com outros homens e se gabando disso. Os três vão ao casamento da filha de Don Corleone, Connie, para pedir ao “padrinho” que os ajude, pois acreditam que um homem não pode negar um pedido no dia do casamento de sua filha.

E assim a trama vai se desenvolvendo, com o Don atendendo a estes e outros pedidos, com a história de cada personagem sendo apresentada, com a guerra com as outras Famílias acontecendo e, principalmente, muitas traições.

Quando o próprio Don Corleone recebe uma proposta de entrar numa sociedade de tráfico de entorpecentes de um traficante turco e recusa, é alvo de um atentado e seu filho mais velho, Sonny, assume os negócios da família. Seu outro irmão, Michael, é considerado a ovelha negra da família por ser um herói de guerra e se recusar a entrar para os negócios, mas acaba entrando na jogada pelo amor de seu pai. O outro irmão, Freddie, é o menos talentoso deles e acaba “encostado” em um hotel de Las Vegas, para onde a família pretende se transferir. Além deles, há um filho adotivo do Don, Tom Hagen, conselheiro da família e espécie de “faz-tudo”.

É neste clima em que Don Corleone ajuda os outros de boa vontade, mas dizendo a seu protegido que um dia irá cobrar aquele favor, que a história se desenvolve, mostrando a força de uma família que é a maior de Nova Iorque e uma das maiores do país.

Nota: 9. Altamente recomendável!

O livro é muito bem escrito. A história, em si, se desenvolve de forma irregular, não há uma cronologia certa sendo seguida. Podem se passar poucos dias ou alguns anos. Ainda há momentos em que a história volta ao passado, para mostrar um pouco da vida do personagem em questão. Em outros momentos, a história está passando normalmente e dá uma revelação bombástica, parando e mostrando o que aconteceu para chegarmos àquele momento e voltando à história normal depois.

Don Corleone é o personagem principal até a metade do livro. Depois, seus filhos assumem o protagonismo e aquele que é o principal nome da família fica um pouco esquecido. Mesmo assim, não há como deixá-lo de lado e até sentir certa compaixão por ele, já que seu lado criminoso é suplantado pelo seu lado caridoso.

Os capítulos são irregulares. Enquanto o primeiro tem 93 páginas, outros possuem menos de 10. Então, quem gosta de ler e não parar enquanto não terminar o capítulo, deve olhar primeiro quantas páginas aquele capítulo terá para se programar melhor.
Há muita reviravolta, traições, jogadas de mestre que fazem o leitor querer ler sem parar. As mais de 600 páginas assustam um pouco, mas a história prende tanto que quando você vê, já leu tudo e quer mais.

2 comentários:

Anônimo disse...

T-BAG

Fui assistir o filme pela primeira vez esses dias..

O livro já me recomendaram mais de uma vez, deve ser bom mesmo. Meu medo é que seja muito parado, porque o filme tem horas que engata o freio de mão e não sai do lugar (apesar de ser bacana).

Juaum disse...

E você acredita que eu nunca vi o filme? Tive vontade de ver (e ler o livro) quando um amigo da minha tia falou que "ah, o Poderoso Chefão é a síntese do que é ser homem!", mas não dizia por quê...

Vou te bater uma real, lê o livro. Não é parado. Se eu já não tivesse escolhido meu clássico (trilogia Fundação, de Isaac Asimov), escolheria Poderoso Chefão sem nem pestanejar!