Ano: 2010
Direção: José Padilha
Roteiro: Bráulio Mantovani
Gênero: Crime/Ação
Nascimento, dez anos mais velho, cresce na carreira: passa a ser comandante geral do BOPE, e depois Sub Secretário de Inteligência. Em suas novas funções, Nascimento faz o BOPE crescer e colocar o tráfico de drogas de joelhos, mas não percebe que ao fazê-lo, está ajudando aos seus verdadeiros inimigos: policiais e políticos corruptos, com interesses eleitoreiros. Agora, os inimigos de Nascimento, são bem mais perigosos. (Fonte: site oficial do filme)
Sucesso de bilheteria, ultrapassando inclusive o sucesso teen Eclipse e, segundo o próprio site do filme, conquistando o quarto lugar nas telonas brasileiras (incluindo filmes estrangeiros) Tropa de Elite 2 faz jus às suas expectativas. Com toda a certeza, eu digo, é um dos melhores filmes nacionais que eu já assisti, e não fica muito atrás de minhas produções favoritas norte americanas.
O filme é extremamente completo, tem tudo o que um longe de crime/ação precisa:
1º Um inimigo filho da puta. No caso de Tropa de Elite 2 não é só um, são vários. Mas não daqueles que você apenas sabe que é o inimigo e filho da puta, você quer que ele seja torturado e sofra como um filho da puta. Muito bem caracterizados, eles conseguem te deixar nos nervos e isso acaba fazendo com que você torça mais ainda para os mocinhos. Destaque para o ator Sandro Rocha que interpreta o Major Rocha, fazendo magistralmente um vilão que tão cedo eu não esquecerei... e não é só por ter o meu nome e ser a cara do pai da minha namorada.
2º Toque Noir. Flashback, narração filosofada, injustiças, herói decadente, ambigüidade moral, etc. Tudo feito de uma maneira muito boa, que talvez não seja a mais comum aos olhos brasileiros, mas que a meu ver deixa tudo muito mais envolvente.
3º Realismo. Para muitos herói é aquele que mata o inimigo e resolve tudo no final, mas essa não é a realidade em que vivemos. Tropa de Elite traduz muito bem essa realidade, nua e crua, é como se fosse um tapa em nossas caras. Até discuti com um Cabo no exército sobre isso. É realmente necessário mostrar tão bem a realidade assim nas telas do cinema, ou os filmes deveriam ser apenas um passa tempo para aliviar temporariamente os problemas de nossas vidas?
4º Ação agressiva. Sim, é a característica principal de Tropa de Elite. Em sua sequência vemos essa agressividade mudar um pouco. Alguns falaram que o filme é menos violento, o que não deixa de ser verdade, mas ao meu ver ele é apenas violento de outra maneira, mais psicológica. No decorrer do filme, comecei a acreditar que não teríamos mais cenas de ação, parecia um filme mais falado, mas quando menos esperei lá estavam os tiros e corpos deitando. Isso é excelente, não banaliza a ação e acaba deixando tudo mais satisfatório.
5º História inteligente. Gostei muito do enredo. Vai muito alem das características do cinema brasileiro, de tráfico e favela. Tropa 2 conseguiu se aproximar muito de um filme sobre máfia, que é o meu estilo preferido. Homens de terno que tiram vantagens dos mais fracos, cobram taxas de estabelecimentos para serem protegidos deles mesmos, etc. Demorou para os filmes brasileiros sobre crime saírem um pouco das favelas... e vai demorar muito para saírem completamente.
6º Um herói filho da puta. Sim, Coronel Nascimento é foda, muito foda, mas não por ajudar a sociedade e estar do lado do bem e bla bla bla bla. Todo mundo sabe que ele é foda pois é um baita de um filho da puta. O cara é o Jack Bauer brasileiro, onde não quer saber das ordens dos superiores, ele faz o que tem que ser feito para fazer o que é certo. Os fins justificam os meios. Com certeza é o melhor personagem da história do cinema nacional. Alguém discorda?
Preciso dizer mais alguma coisa?
RECOMENDADO!
Nota: 9
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Tropa de Elite 2 - O Inimigo agora é outro
Postado por Rocha. às 17:20
Marcadores: -Rocha., Análises, Cinema, Recomendações
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3 comentários:
Um filme muuuuito bom :D.
do inicio ao fim.
concerteza é um tapa na cara e de arregalar os olhos.
foda foda foda!.
Se não for pra causar revolta, ao menos é um filme inspirador.
É uma pena que nem ele, com essa carga de "tapa na cara", seja capaz de movimentar o brasileiro.
No final, nos resumimos a dizer o quão bom foi o filme, sentados na cadeira enquanto botam no nosso cu.
Filme recomendado. Superou o Tropa 1, o que não conseguia imaginar que fosse acontecer.
Só achei a morte do Matias muito whatever.
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