segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Trilogia Millennium, Livro 1 - Os homens que não amavam as mulheres



• Autor: Stieg Larsson
• Editora: Companhia das Letras.
• Gênero: Romance policial, político e jornalístico.
• Ano: 2009 (7ª edição)
• Número de páginas: 522
• Onde adquirir: Galileu, Martins Fontes, Aratebi, Companhia dos Livros, Fnac, Livraria da Travessa, Saraiva, Siciliano, Wallmart, Submarino e outras livrarias.

“- Ela chegou, suponho. E então, qual é a flor esse ano?
- Não faço a menor idéia. Vou mandar identificá-la. Uma flor branca.
- Nenhuma carta, como sempre?
- Não. Apenas a flor. A moldura é a mesma do ano passado. Uma dessas molduras baratas, do tipo faça-você-mesmo;”

Mikael Blomkvist é um jornalista independente, co-proprietário da revista Millennium, uma revista de cunho político-econômico sueca, cujo intuito é dissecar as grandes empresas daquele país.

Por ser um jornalista conhecido no país, Blomkvist possui grandes amigos, que sempre lhe passam informações quentes. Numa dessas situações, ele recebe informações sobre fraudes que um dos maiores financistas suecos armou para enriquecer. O nome do financista é Hans-Erick Wennerström e este o processa por difamação. O financista ganha a causa e Blomkvist é condenado a pagar-lhe indenização e cumprir 3 meses de prisão, além de ser um baque imenso à sua revista e sua carreira.

Após este caso ganhar a mídia internacional, uma situação paralela ocorre. O advogado Dirch Frode, a mando do grande empresário Henrik Vanger, contrata uma empresa de segurança (Milton Security) para fazer uma investigação particular sobre Mikael Blomkvist. O dono da empresa, Dragan Armanskij, destaca a jovem Lisbeth Salander, uma hacker estranha, de uma magreza quase anoréxica, hábitos estranhos, inúmeros piercings e tatuagens e muito misteriosa. Esta investigadora, apesar de bizarra, é extremamente competente e, após entregar seu relatório final, deixa em Henrik Vanger a certeza de que contratar Blomkvist é a solução para os seus problemas.

Henrik Vanger, então, chama Blomkvist para uma reunião e explica que precisa que Blomkvist trabalhe para ele durante um ano. Diante da recusa dele, Henrik o seduz com uma grande quantia em dinheiro, segredos escabrosos sobre Wennerström e a chance de a poeira baixar, já que a fama de Blomkvist após o processo não é das melhores.
O trabalho que Henrik quer ver feito antes de morrer (ele já está com 82 anos) é o livro da família Vanger e uma investigação para acabar com o mistério que está corroendo-o há muitos anos: quem matou sua sobrinha, Harriet Vanger. Harriet desapareceu misteriosamente durante um acidente na ilha onde a família Vanger morava, que fechou a única via de acesso.

Ao aceitar o trabalho, Blomkvist passa a se dedicar integralmente a descobrir quem matou Harriet e, para isso, precisa destrinchar toda a família Vanger, um clã com grande participação industrial na Suécia e com muitas manchas em sua história. São inúmeros personagens, cada um mais suspeito que outro.

Diante de tantas dificuldades em formar a árvore genealógica da família Vanger e de rever o extenso inquérito policial nunca resolvido, Blomkvist resolve contratar alguém para lhe ajudar e esta pessoa é justamente a hacker Lisbeth Salander.
A partir daí, com os dois trabalhando em conjunto, eles partem para definir este mistério de uma vez por todas, salvar a Millennium (com a ajuda do grupo Vanger) e tramar um contra-ataque a Wennerström.

Nota: 5,5. História fraca!

A história é extremamente cansativa. Por ser sueca, fica difícil entender os nomes, locais e fatos históricos narrados na história. Como se não bastasse isso, a família Vanger é grandiosa e os membros são repassados na história o tempo todo, confundindo bastante. É um tal de “Harriet Vanger disse a Martin Vanger que Isabela Vanger contou a Cecília Vanger que Henrik e Harald Vanger se encontraram com Gotfried Vanger” e, nisso, o leitor já perdeu quem fez o que.

Fora que a trama não é envolvente, não empolga. Enquanto é só Blomkvist na história, o livro é chatíssimo, pois só se vê o personagem pesquisando os antigos livros da família Vanger. Quando a história trata de Lisbeth, fica mais emocionante, com intriga, assédio sexual, violência e vingança. Quando Lisbeth passa a fazer parte da história ao mesmo tempo que Blomkvist, dá uma engrenada boa e até dá para ler.
Com tantos nomes difíceis para decorar, até se esquece das flores emolduradas que Henrik ganha todos os anos. Wennerström nunca participa, sempre é citado, mas parece que não existe. Ele entra e sai da história sem jamais ter aparecido. Se contarmos que este é o inimigo do livro, é difícil de se empolgar com sua ausência.

Por outro lado, várias pessoas ao redor do mundo já leram e elogiaram a história, entre elas Luis Alfredo Garcia-Roza. Pode ser birra de minha parte, mas realmente cansa ler este livro.

A contar a favor do livro, no início de cada capítulo (divididos em datas) há uma estatística sobre violência contra mulheres na Suécia.

É uma trilogia e, pelo pouco que consegui apurar, o segundo livro trata mais de resolver os mistérios da vida de Lisbeth, pois o livro acaba e nós não sabemos por que ela age daquela forma. A julgar pelo conteúdo, “Os homens que não amavam as mulheres” é uma obra que exige muita atenção e que não vale a pena se o leitor não quiser se ater aos mínimos detalhes.

2 comentários:

Garotinha Ruiva disse...

Porra, quebrou tudo, na sinopse parecia tão empolgante auauauh

Juaum disse...

Olha, vai de pessoa para pessoa. Eu não gostei, achei que falta emoção. Mas minha senhora adorou. Vai que você gosta também...

Mas me parece que o segundo livro da trilogia é melhor, eu vou esgotar os livros que tenho aqui e vejo se crio coragem de encerrar a trilogia.