Ano: 2010
Roteiro: Linda Wooverton (adaptação) Lewis Carroll (Livro)
Direção: Tim Burton
Gênero: Fantasia
Como todos sabem, Alice no País das Maravilhas ganhou sua mais nova adaptação para os cinemas, com uma garotinha muito levada aprontando altas confusões em um mundo de sonhos e magia. Deixando de lado o tom do narrador da Sessão da Tarde, não tem muito que falar sobre a sinopse do filme para introdução, então clica ai pra ler o resto logo.
Anos após sua ida ao país das maravilhas, Alice está crescida, e acaba voltando para esse país maluco. Para que? Sei lá, não tem motivo, ela só voltou oras bolas, sem explicação, assim como todo o resto do filme. Ou seja, o enredo não é nada explicativo, as coisas acontecem pois elas simplesmente acontecem, foda-se a coerência lógica. Mas esse é realmente o objetivo, não precisamos de explicações no País das Maravilhas. Aliás, por que na tradução se chama País das maravilhas? Faz fronteira com quem? O Reino da Caverna do Dragão e Outworld?
Uma coisa que me deixou bem decepcionado foi que não houve exploração do mundo no filme. Esperava que Alice andasse pelo País das Maravilhas, encontrasse coisas bizarras, coisas novas, criaturas que cantam, com cenas musicais, recheadas de bizarrices. Mas não, ela passou pelos personagens já vistos na versão original e sem muita exploração, ficou tudo muito superficial. Acho que isso se deve ao fato de Tim Burton já ter feito adaptações bizarras de musicais, e dessa vez ele ficou devendo.
Outro ponto interessante, é que mesmo atingindo um público infantil, o filme não possui lição de moral alguma. Acho que me acostumei com as animações da Pixar, como Nemo, Up e Wall-E, que nos fazem pensar sobre o mundo e a vida, e eu acho isso extremamente importante para as pequenas mentes em desenvolvimento.
O 3D não impressionou em nada. Em alguns momentos levei alguns sustos achando que ia voar algum objeto em minha cabeça, mas nada fenomenal, já que o filme não foi feito para gerar essa reação em primeiro, não foi filmado para ser em 3D, mas sim os efeitos especiais acabaram entrando nessa onda, para ver se rendia mais dinheiro, claro.
A caracterização foi um ponto fortíssimo do filme. Todos os personagens estavam muito bem feitos, com os figurinos, jeito de falar e andar, etc. O meu personagem favorito foi a Rainha Vermelha, com uma cabeça gigante (fato tratado com muito bom humor no filme), e sua frase clássica “CORTEM-LHE A CABEÇA”. O Chapeleiro Louco ficou muito legal também, nunca duvido da capacidade do Johnny Depp para fazer papéis bizarros.
Os efeitos especiais do filme são muito bons, mas são em pequenas proporções, dando sempre a impressão de que foi tudo filmado em uma sala de fundo verde pequena, o que não gosto muito, prefiro algo em grandes proporções e cenários vastos como os de Senhor dos Anéis (comparação injusta). Ficou muito estranho o escudeiro da Rainha Vermelha, pois somente a cabeça dele era real, o resto era tudo CG, e quando estava montado no cavalo ficou muito estranho.
Em si, é um filme legal, mas acabou me deixando a sensação de que poderia ter sido melhor, ou menos vazio. Se você procura diversão casual, dar algumas risadas, gosta do diretor e dos atores, não vai se decepcionar, mas se espera uma grande produção, não lhe recomendo.
Nota: 6
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland)
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2 comentários:
Olhei ontem e também não gostei! Era pra ser algo diferente e foi um saco. Quase dormi :D
Prefiro Bill e Ted (façam um review, pq vale!)
MERDA e RIDÍCULO é pouco pra esse "filme"
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