Fritt Vilt II (Provavelmente ‘’Presos no Gelo 2’’)

Direção: Mats Stenberg
Roteiro: Thomas Moldestag
Ano: 2008
Gênero: Suspense, Terror

Continuação direta de Fritt Vilt, que conta o que aconteceu com uma jovem, única sobrevivente de um massacre em uma montanha norueguesa.


Filme Norueguês que infelizmente não vi o primeiro filme (infelizmente porque gostei bastante desse) e o titulo em português esta ‘’provavelmente’’ porque aparentemente ainda não foi lançado ai (mas como o um foi, to indo pela lógica).
Por ser uma continuação direta é inevitável spoilers em relação ao primeiro filme, então caso pretenda assistir o primeiro pule a analise e vai direto pra nota e a parte final.

Basicamente no primeiro filme o que deu pra entender, que um grupo de jovens foi praticar snowboard em uma montanha e aconteceu um acidente fazendo com que eles fossem procurar abrigo em um hotel abandonado, lá encontraram um psicopata e uma única pessoa conseguiu sobreviver e também ‘’matar’’ o psicopata.

Jannicke é a única sobrevivente, ela foi encontrada vagando em uma rua e imediatamente levada para o hospital (cenário do filme) lá no hospital a policia investiga a historia e logo encontra os corpos na montanha e acaba levando todos para o hospital também (apesar de mortos tem o necrotério e tal) nisso o psicopata da indícios que ta vivo (e um dos médicos inclusive fala que há casos que a hipotermia preserva os tecidos e faz com que os batimentos sejam reduzidos, dando a impressão de que ele estava morto) e a sobrevivente vê os médicos tentando reanimar o psicopata que matou seus amigos e que ela mesma conseguiu derrubar! Só esse trecho de um terço do filme já valeu, ainda mais que o policial presente acaba segurando Jannicke, dopando ela e amarrando a uma cama, pois ela tem um ataque e começa a gritar e tenta impedir os médicos, essa foi uma das melhores sacadas que já vi em um filme.

Daí pra frente vira um slasher (aqueles filmes de psicopata mascarado, grandalhão que não morre) com alguns clichês e um pouco previsível nas mortes (mas é um slasher então faz parte) o grande diferencial é que tem o estilo europeu, mais lento e trabalhado, apesar de ter varias mortes e alguns personagens ‘’genéricos’’ que estão lá só para morrer, a narrativa e a direção conseguem prender. Em paralelo aos ataques no hospital um outro policial investiga a ligação de um garoto desaparecido há vários anos com os crimes, dando uma explicação até que plausível (no nível de cinema claro) sobre o psicopata ‘’semi-imortal’’.

Atuações medianas no geral, mas a personagem principal (interpretada por Ingrid Bolso Berdal) eu achei bem convincente, assim como a direção que só reclamo de algumas cenas muito escuras, e de uma ou duas cenas forçadas demais.

Uma coisa que acho que todo mundo vai concordar é que a reação da garota em querer matar o psicopata é bastante convincente e acontece de forma natural, bem diferente do que estamos acostumados, fora à luta entre os dois em que ela só apanha, e não solta nenhuma frase de impacto (tirando uma, mas vai ela mereceu), o que faz que apesar da ficção seja algo que de para acreditar.

Nota: 8

Um pouco exagerada para alguns, mas eu tava com saudade de filmes bons. Se você esperar um slasher vai achar fraco, pois as mortes não são tão violentas, e se esperar um suspense puro também acho que não vai curtir tanto já que é meio previsível... Seria um slasher com um roteiro bom e sem as coisas clássicas como ‘’personagem engraçadinho taradão’’ focando mais no clima do que nas mortes. Diverti-me bastante, pretendo ver o primeiro e rever esse aqui novamente.

Para: Ver que existem muitas opções fora de Hollywood, ver uma heroína plausível que não fica penteando o cabelo ou briga de igual contra um cara com o dobro do tamanho, fazer apostas de quanto tempo vai demorar para algum americano resolver fazer um remake.