Tropa de Elite

Ano: 2007
Direção: José Padilha
Roteiro: André Batista (livro)
Bráulio Mantovani (roteiro)
Gênero: Ação / Policial / Crime / Drama

Primeiramente, peço desculpas por ter parado de postar por um bom tempo, é que estou com tempo apertado, dia de semana mal entro no computador... escola e curso tá me consumindo! haha Mas prometo que isso irá mudar!

Nascimento (Wagner Moura), é o Capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), e é o melhor entre seus companheiros, mas está cansado psicologicamente de seu trabalho e quer se aposentar, mas antes disso precisa arranjar um substituto ao seu nível. Para isso, eles abrem as inscrições, e com os inscritos criam um grupo, onde somente o melhor, que passará pelas mais duras (ui) provas de resistencia física e psicologica irá substituir Nascimento.

Tropa de Elite, na minha opinião não começa muito animado, não me atiça a ver o resto, mas no desenrolar vai melhorando bastante, fazendo reflexões sobre a sociedade, corrupção e violência.

Assim como eu esperava, o filme apresenta todos clichês brasileiros, como favela, crime, drogas, funk, palavrões e pobreza.
Pra mim isso é um problema, pois cansa, produções nacionais que fazem sucesso sempre serem assim, parece até que está na moda (acho até que sim), banaliza essa violência.
Mas fazer o que não é? A merda já está feita, esse tipo de coisa tem público e dá dinheiro (tá ai uma combinação que um bom empresário adora, público e dinheiro).

O filme é bem editado, com sacadas temporais, como mostrando no início uma cena que só desenrola no meio, fazendo a gente pensar "o que será que aconteceu?".

Gostei muito , também, do clima que ele passa, meio denso e violento, frio e cru, não muito explicativo que mostra tudo como é, sem muito enrolar.

O figurino também está muito bom, até engana parecendo que aquilo tudo é real! haha

O melhor personagem é Matias , que foi muito bem interpretado por André Ramiro, com uma ótima psicologia, mostrando a evolução (ou decadência) de uma pessoa que era iludida pela vida, achando que a polícia é honesta e que o bem vence no final, mas que com o decorrer dos fatos, viu que não era bem assim e acaba virando um “escravo” desse mundo violento!

Ouso até a dizer que esse é um dos melhores personagens do cinema brasileiro.

Mas então, vocês devem estar se perguntando “por que ele mal citou o Nascimento e falou muito bem do Matias?”, e a resposta é simples... porque eu não achei o Nascimento tudo isso!!!
Dono de vários bordões famosos no Brasil, como “Tira essa roupa preta”, “Pede para sair” e “Você é um fanfarrão”, Nascimento não me chamou muito a atenção, mas não foi culpa da atuação de Wagner Moura, que estava muito bem em seu papel, mas sim pois acho que ele foi muito “elevado” pelas pessoas, dizendo que ele é o foda, que ele é melhor que Chuck Norris e etc... as pessoas só falam isso porque não conhece o Sgt. Hartman do Full Metal Jacket, sargento do exército americano, o qual vi semelhanças com Nascimento.

O que fez o brasileiro ser rebaixado na minha opinião, alem da super estima por parte da população, foi que tiveram alguns momentos muito forçadas, como no qual Matias dormia durante uma aula e ele deixou uma granada sem pino em sua mão, em que se ele dormisse, ela cairia e mataria todo mundo no local.

Em si, o filme é bom, me diverti com ele, me prendeu, não senti sono e gostei.
É brasileiro, garanto que não tem nada que você não tenha visto em outros filmes do gênero, teve algumas tentativas falhadas de chocar, como o lance da granada, mas tiveram críticas muito boas, como já falei, da corrupção, violência, com direito a uma cena muito marcante protagonizada por Matias, em que ele interrompe uma passeata, que não vou contar mais pra não estragar o filme de quem não viu (melhor cena).

Nota: 8