sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

WET


Ano de lançamento: 2009
Gênero: Tiro em Primeira terceira pessoa, Ação
Plataformas: Ps3, Xbox 360 *testado no 360
Estúdio: A2M
Distribuído: Bethesda Softworks

Na pele de Rubi uma garota que ‘’resolve problemas’’ você vai entrar em um jogo de ações frenéticas, inspiradas em filmes dos anos setenta.



Acompanhei desde a primeira noticia sobre WET que já me fez ficar animado, o site oficial que tinha apenas uma pequena animação em flash que mostrava Rubi matando alguns inimigos no melhor estilo ‘’Kill Bill’’ com sua espada, a noticia triste que a Activision Blizzard tinha deixado de lado e que o projeto poderia ser cancelado, até a noticia que ia ser lançado mesmo...

A idéia do jogo é como se fosse um exploitation dos anos setenta, e é clara a inspiração nos filmes do Tarantino em especial o projeto Grindhouse e Kill Bill, WET alem de ter vídeos para uma ‘’pausa’’ entre as fases, com direito a comercial de picles, similar àqueles que tinham nos cinemas americanos antigamente e rolavam durante o filme para que o publico pudesse ir ao banheiro, quando Rubi esta morrendo rola um efeito parecido com a película do filme gasta e quando ela morre é como se o filme parti-se fazendo com que a imagem seja cortada.

O estilo de jogo lembra o Max Payne com bulletime ligado, porem em WET basta fazer algum malabarismo atirando que rola a câmera lenta, da para andar pelas paredes, longos saltos e ate deslizar de joelhos atirando em múltiplos inimigos ao mesmo tempo, também tem um esquema de combos, mas diferente do que a maioria dos jogos tem hoje em dia, os combos são difíceis e o que conta é a quantidade de inimigos mortos e não o numero de acertos, para concluir uma fase com um combo bacana você vai ter um trabalhão se acostumando com o cenário e correndo sem parar para matar o maximo de inimigos sem que o medidor caia porque você ficou muito tempo sem acertar ninguém.

O maior defeito de WET esta justamente na jogabilidade que apesar de te dar ferramentas para ‘’fazer bonito’’ acaba sendo complicado criar um combo grande, no meu caso era comum, andar pela parede lateral onde era para ir reto e pular e com isso acabava errando o ponto que era para cair, não que seja algo muito ruim, mas requer treino para fazer um combo bacana. O jogo ainda tem um modo ‘’rage’’ Rubi acerta um inimigo o sangue espirra em seu rosto e ela literalmente enxerga tudo vermelho, com um efeito bem bacana do cenário ficando vermelho e os inimigos em preto e branco. Em poucos momentos rola uma espécie de mini game em que você só aperta o botão na hora certa e ela faz o golpe como um filme interativo, de modo geral odeio isso, mas em WET alem de ser em poucas fases a idéia combina com a proposta de ‘’filme’’.

Outros defeitos estão na quantidade de vídeos ‘’comerciais’’ tem momentos que rola praticamente um atrás do outro e outras fases que são mais longas e não tem vídeo algum, os vídeos da Rubi no elevador sofrem do mesmo problema e poderiam ser melhores utilizados, no começo do jogo rola varias vezes ela no elevador e na metade pro final não rola mais. A historia não tem profundidade apesar de ser divertida, da para notar fácil que devem ter dado uma corrida no projeto para lançarem logo o jogo, principalmente pela quantidade de personagens e o fato deles no jogo não terem muito espaço, mas virem com uma ficha técnica mostrando que eles tem uma historia e não são simples inimigos genéricos.

A parte gráfica é boa, mas nas cut-scenes a animação facial deixa a desejar.

Ótimas dublagens com Eliza Dushku como Rubi Malone e outros nomes como Malcolm McDowell e Alan Cumming ajudam a construir os bizarros personagens.
O grande destaque de WET fica a cargo de sua trilha sonora, rola psychobilly (The Creepshow), surf music e ate um rap do Notorious MSG (que é um grupo ‘’comedia’’ de hip-hop de descendentes de chineses que falam sobre comida e mulheres em suas letras) a trilha tem musicas rápidas que falam sobre tiroteios, outras que tem um espanhol bem ruim e algumas com letras humorísticas caem como uma luva na proposta, que alem da ação e do clima ‘’Tarantinesco’’ tem também humor negro.

Apesar da mídia especializada não dar muita bola para WET, ele é um baita jogão que apesar de ter suas falhas faz o que se propõe, passar a imagem de um filme e diverte com tiroteios e golpes de espada!

Uma coisa interessante é o uso de referencias a cultura oriental, mais precisamente chinesa/taiwanesa que vai dês da espada que Rubi usa, passando por caracteres, festas, personagens e ate o macaco que este desenhado nas armas da garota que é uma referencia ao signo chinês ‘’Hou’’ e a confiança exagerada da protagonista.

Nota: 8


É longo, têm alguns mini-games de concluir um trajeto em pouco tempo ou de fazer grandes combos, alem de escorpiões similares aos pombos do GTA IV (que são foda de achar) e uns macaquinhos espalhados pelas fases (que infelizmente não abre nada de novo alem de uma conquista), tem uma trilha sonora matadora e é divertido àbeça. Se tiver oportunidade tente jogar pelo menos a demo (que tem na live) que vendo vídeos não anima tanto quanto jogando.

Para: Jogar logo após assistir Kill Bill todo animadão com a cena dos Crazy 88’s, quem adorava jogar na ultima fase do Max Payne no nível hard com o bullet time ligado atirando em vários inimigos dando saltos e cambalhotas.

*rola ate uma piada com uma oriental ‘’cantando’’ em uma banda de rock



2 comentários:

Cruor disse...

O video ficou mega torto no post, mas vai assim mesmo senao fica muito pequeno

Juaum disse...

Parece com Tomb Raider, principalmente na parte de achar coisas que não alteram em nada o jogo, né? Mas os gráficos são bem feitos, parece ser um jogo legal, que foge àquela coisa chata de tiro em primeira pessoa...